O QUE É A DISPEPSIA
A dispepsia é a principal expressão clínica das doenças que acometem o estômago.
Consiste em um grupo heterogêneo de sintomas como sensação de dor ou desconforto localizados na parte superior do abdome (epigástrio).
De acordo com Consenso de Roma IV, a dispepsia é definida como a presença de sintomas dispépticos crônicos na ausência de doença estrutural ou metabólica.
PRINCIPAIS CAUSAS
Os sintomas dispépticos podem estar associados às doenças digestivas específicas, como úlcera péptica, parasitoses intestinais, colelitíase (pedra na vesícula), doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), uso de medicamentos como anti-inflamatórios, câncer do trato digestivo, entre outras causas.
Contudo, a maioria dos pacientes com queixas dispépticas crônicas que se submetem à investigação laboratorial, endoscópica e ultrassonográficas não apresenta qualquer alteração que justifique seus sintomas, sendo considerados portadores de dispepsia funcional.
SINTOMAS DA DISPEPSIA
A dispepsia, geralmente, manifesta-se como dor e queimação na região superior do abdome.
Entretanto, sintomas como empachamento pós-prandial e saciedade precoce podem também estar presentes.
O empachamento pós-prandial refere-se à sensação desagradável da persistência prolongada do alimento no estômago após a refeição.
Já a saciedade precoce manifesta-se como a sensação de que o estômago está bem cheio, logo após início a ingestão do alimento, de modo desproporcional à quantidade ingerida.
Outros sintomas como náuseas, eructações (arroto), vômitos e distensão abdominal também podem ser relatados.
DIAGNÓSTICO DA DISPEPSIA
O diagnóstico se baseia nas queixas dos pacientes e na duração dos sintomas.
Quando há uma cronicidade da dispepsia, podem ser recomendados exames complementares.
A endoscopia digestiva alta (EDA) deve ser realizada durante o período sintomático e sem uso de medicamentos que atuem no estômago.
Exame parasitológico de fezes e ultrassonografia também fazem parte da propedêutica da dispepsia.
É essencial também avaliar a presença de cofatores psicológicos, ambientais, dietéticos e o uso de medicamentos que possam ocasionar ou agravar a sintomatologia dispéptica.
TRATAMENTO DA DISPEPSIA
Apenas seu médico é capaz de determinar qual a melhor abordagem terapêutica da dispepsia.
O principal objetivo do tratamento deve ser erradicar a causa e aliviar os sintomas dispépticos, impactando diretamente na melhora da qualidade de vida do paciente.
Parcela considerável dos pacientes portadores de dispepsia obtém alívio dos seus sintomas com simples mudança no estilo de vida e com adoção de hábitos saudáveis em seu cotidiano, como alimentação adequada e atividade física regular.
Várias classes de medicamentos podem ser utilizadas para o tratamento dos sintomas dispépticos, destacando-se os antissecretores, como omeprazol; prócineticos e, até mesmo, o uso de antidepressivos em casos bem selecionados.
DICAS IMPORTANTES DE ALIMENTAÇÃO
Evitar alimentos que desencadeiam sintomas:
- Alimentos gordurosos, frituras, condimentados, café e bebidas alcoólicas;
- Evitar refeição volumosa;
- Cessação do tabagismo;
- Alimentar-se em ambiente tranquilo, mastigar bem os alimentos e comer vagarosamente;
- Evite falar demasiadamente durante a refeição;
- Controle a ansiedade.
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